O recente falecimento da Rainha Elizabeth II do Reino Unido, aos 96 anos, levantou várias questões importantes sobre o envelhecimento, que valem a pena discutirmos. 

Longevidade e a funcionalidade são importantes aspectos que devemos sempre levar em consideração.

Funcionalidade é o nome que damos à capacidade do indivíduo de desempenhar suas tarefas com independência, ou seja, sem auxílio externo. 

É sabido que os avanços recentes da ciência e da Medicina foram capazes de promover o aumento da expectativa de vida, porém é observando atitudes como as da Rainha que podemos observar não só longevidade, mas também uma real qualidade de vida até a idade avançada. 

A Rainha teve alta funcionalidade até os últimos momentos de vida, ficando limitada, segundo a mídia, por questões relacionadas à dificuldade de locomoção. 

Para tanto, a maneira como vivia favoreceu essa alta funcionalidade. 

A vida em um ambiente considerado propício ao envelhecimento saudável, uma vez que dispunha de alimentação balanceada, possibilidade de realizar exercícios físicos de ter relacionamentos saudáveis etc., com certeza contribuíram para a máxima expressão do seu envelhecimento com qualidade.

Mas devemos notar que houve também a exposição a fatores menos saudáveis, como estresse, abuso de álcool e também problemas de ordem familiar, como episódios de problemas no relacionamento com o esposo (o príncipe Philip, hoje falecido), irmã (a princesa Margareth, também já falecida), a ex-nora princesa Diana, filhos (incluindo o atual Rei Charles III), neto (o príncipe Harry). 

Apesar dos fatores negativos, a rainha manteve seu um papel de liderança até seus últimos momentos de vida, tendo participado ativamente em eventos históricos e momentos importantes de seu país e de sua comunidade.

Como geriatra temos um olhar preventivo para os cuidados dos idosos. Em nossa prática recomendamos aos pacientes que invistam em uma vida rica em termos de hábitos saudáveis, boas relações sociais, e atividades comunitárias que considerem significativas, acreditamos que as boas práticas podem propiciar a longevidade e a qualidade de vida.

A Austil Z é uma plataforma para veiculação do diálogo dos profissionais de saúde e idosos para promoção desta qualidade de vida.