A decisão de morar sozinho no decorrer do envelhecimento pode ser uma opção, mas muitas vezes pode decorrer pela falta de outra opção pela distância de filhos e parentes e rede de suporte particular ou do governo.
Viver sozinhos com integridade física, mental e social, seria o esperado, o que leva a nossa reflexão sobre quais as possiblidades oferta de uma rede de suporte.
Uma questão a tratar, será como introduzir mais pessoas para auxiliar no acompanhamento destas pessoas, na medida que comecem a necessitar de ajuda.
Família, amigos, vizinhos podem sugerir algumas conversar, trazendo suas preocupações com a qualidade de vida e segurança da pessoa idosa, do casal ou mais pessoas que vivem na casa.
Juntos podem começar a pensar quais medida podem ser acessíveis.
Cada caso tem sua peculiaridade, em alguns surgem o risco de quedas. Como sugestão pode ser oferecidos serviços de tele assistência que acionará a rede cuidado, ou tele monitoramento que permite o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar de forma remota.
Esperamos que num futuro haja uma política de saúde, que disponibilize cuidados remotos, centros-dias, onde haja cuidados diários, terapêuticos, oferta de refeições e interação social. Assim como um plano de atendimento domiciliar, com visitas da assistência social, para entendimento das demandas e planejamento de uma equipe multidisciplinar para suporte.
Conversar com as pessoas idosas, entender suas necessidades, pensar juntos, ver as viabilidades de cada proposta é o primeiro passo. Considerando a importante cláusula do Estatuto do Idoso, o direito à autonomia, na tomada de decisões sobre seu cuidado e sua forma de viver.
Pensar num planejamento de cuidado centrado na pessoa, convidando a refletir sobre sua qualidade de vida requer uma abordagem cuidadosa e empática.
Propomos algumas estratégias e planejamento que podem ser úteis nessa situação:
- Comunique-se regularmente: Estabeleça uma rotina de comunicação regular, seja por telefone, mensagens de texto ou até mesmo visitas pessoais se possível. Isso demonstrará seu interesse e preocupação pelos idosos.
- Faça perguntas abertas: Ao conversar com eles, faça perguntas abertas que os encorajem a expressar seus pensamentos e sentimentos. Isso os ajudará a se sentirem ouvidos e valorizados.
- Mostre empatia: Demonstre interesse genuíno em sua vida e experiências, ouça com atenção e tente se colocar no lugar deles. A empatia ajuda a estabelecer uma conexão mais profunda.
- Ajude com atividades diárias: Ofereça ajuda prática com tarefas do dia a dia, como compras de supermercado, preparação de refeições ou até mesmo cuidados pessoais, se necessário. Isso contribuirá para sua qualidade de vida geral.
- Encoraje hobbies e interesses: Descubra quais são os hobbies e interesses dos idosos e incentive-os a dedicar tempo a essas atividades. Participar de atividades que lhes tragam alegria e satisfação é fundamental para sua qualidade de vida.
- Conecte-os com comunidade: Pesquise grupos, clubes ou organizações na comunidade que possam oferecer atividades sociais para os idosos. Isso os ajudará a encontrar novas amizades e evitar o isolamento social.
- Esteja atento à saúde e segurança: Verifique regularmente se eles estão cuidando de sua saúde, tomando medicamentos corretamente e se sentindo seguros em sua casa. Se necessário, trabalhe em conjunto com profissionais de saúde e serviços sociais para garantir a segurança e o bem-estar deles.
- Considere serviços de apoio: Se necessário, explore a possibilidade de trazer serviços de apoio, como cuidadores ou visitas médicas domiciliares, para ajudar com qualquer necessidade específica.
Lembre-se de que cada idoso é único e suas necessidades podem variar. Portanto, a flexibilidade e a adaptabilidade são fundamentais ao criar um plano de preservação da qualidade de vida para eles. O mais importante é mostrar amor, cuidado e estar presente, pois essas ações contribuirão significativamente para o bem-estar das pessoas idosas que moram sozinhas.