Foi notícia nas últimas semanas que há uma recomendação do Congresso Nacional para haver a mudança no símbolo que representa o idoso em instâncias públicas (placas de trânsito, sinalização de vagas de estacionamento, transporte público etc).
A mudança do símbolo que representa o idoso é uma demonstração de como o idoso costumava ser visto e como devemos vê-lo.
Desde antiguidade, temos exemplos da visão da sociedade sobre o idoso (figura 1).
O hieróglifo que representa a palavra “idoso” é de um indivíduo que precisa de bengala para se apoiar. Ou seja, desde há muito tempo a sociedade enxergo o idoso como algum portador de deficiência.
Atualmente existe um esforço para que a imagem do idoso seja repensada, no sentido de enxergá-lo como um ser que tem plenas potencialidades, e com capacidade de desempenhar suas tarefas de maneira independente. Ao invés de um deficiente.
Foi nesse sentido que o símbolo que representa idoso em transportes públicos, repartições públicas, e outras instituições, está sendo gradativamente mudado. Substituindo-se a imagem de um ser curvado e com bengala, para um indivíduo apenas com a sinalização “60 mais”.
No dia a dia podemos observar algumas atitudes que indicam que a visão que temos normalmente do Idoso vem normalmente carregada de algo subjetivamente negativo. Por exemplo, quando acontece algum engano corriqueiro a justificativa que podemos ouvir frequentemente : é “estou ficando velho”. Como se eu engano fosse algo que naturalmente ocorresse devido ao envelhecimento.
É nesse sentido, que devemos como sociedade, diminuir a carga negativa que é atribuída normalmente ao idoso, ao que chamamos de “etarismo”.
Etarismo também se estende a equipe de saúde.
Quando algum procedimento é contra-indicado somente baseado em idade. Também se trata de etarismo. Na medida em que qualquer procedimento deve ser baseado em prognóstico, que também sofre influência da idade, mas não só.
Medidas como a substituição da placa indicativa para idosos é um exemplo de combate ao etarismo. E cada vez mais medidas assim devem ser estimuladas tanto na sociedade em geral, como na assistência a saúde em particular.
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