O conceito de coping é compreendido através da psicologia do ego com base psicanalítica inconsciente, que foi se modificando e caminhando para a teoria de integração de mecanismos inconscientes e conscientes . Segundo Folkman e Lazarus (1980) o modelo de o coping é dividido em duas categorias de estratégias funcionais: coping focalizado no problema e coping focalizado na emoção.
Sendo coping definido como um conjunto de esforços, cognitivos e comportamentais, utilizado pelos indivíduos com o objetivo de lidar com demandas específicas, internas ou externas, que surgem em situações indutoras de estresse e são avaliadas como sobrecarregando ou excedendo seus recursos pessoais (Lazarus & Folkman, 1984). As estratégias mentais são resultante de um conjunto de esforços cognitivos e comportamentais empregados para lidar com demandas específicas (externas) que causam estresse. Ao tentar regular emoções negativas associadas a circunstâncias estressantes, os indivíduos podem minimizar os efeitos negativos desses eventos, incluindo problemas emocionais e comportamentais.
No processo de adaptação ao estresse, três elementos centrais estão envolvidos: recursos, percepção da situação e estratégias de coping. Os recursos são os meios disponíveis para enfrentar a situação, a percepção é a forma como o indivíduo interpreta o estresse, e as estratégias de coping são aquelas usadas para promover a adaptação às circunstâncias estressantes. É importante destacar que as diferenças individuais na resposta ao estresse estão relacionadas à disponibilidade de recursos e às estratégias de enfrentamento utilizadas.
As estratégias de coping são respostas emitidas pelos indivíduos com a finalidade de reduzir a pressão física, emocional e psicológica relacionada a eventos estressantes. Sua eficácia é avaliada pela capacidade de reduzir imediatamente as implicações psicológicas, físicas ou sociais, além de evitar prejuízos futuros ao bem-estar e à saúde.
Um termo relacionado a esse contexto é a resiliência, que descreve a capacidade de uma pessoa de resistir às adversidades, considerando fatores internos e externos. A resiliência permite que o indivíduo se desenvolva de forma satisfatória a partir das experiências de adversidades significativas. No entanto, fatores de proteção e risco podem influenciar a resiliência diante de adversidades. Os fatores de risco aumentam a probabilidade de comprometer o desenvolvimento do indivíduo, enquanto os fatores de proteção aumentam a probabilidade de lidar eficazmente com as adversidades.
Nesse sentido, é importante entender que o risco e a proteção não são opostos, mas fatores que podem influenciar a resposta diante de resultados adaptativos ou não. Essa determinação deve considerar uma análise situacional do problema enfrentado, o impacto na saúde do indivíduo, os recursos disponíveis e o resultado obtido.
O termo “enfrentamento” é definido para ações resultantes das estratégias, utilizados pelo sujeito diante de situações estressantes.
O coping em pessoas idosas pode variar dependendo de vários fatores, como sua saúde física e mental, suas experiências de vida, sua rede de suporte social e seus recursos emocionais. Algumas pessoas idosas podem ter desenvolvido estratégias eficazes de coping ao longo de suas vidas, o que lhes permite enfrentar o estresse de maneira adaptativa. Levando em consideração, uma maior experiência de vida, já testaram várias estratégias de coping , o que lhes permite enfrentar o estresse.
Isso pode incluir o uso de recursos pessoais, como resiliência, otimismo e senso de humor, bem como buscar apoio social e adotar atividades que promovam o bem-estar emocional, como exercícios, hobbies ou práticas de relaxamento.
No entanto, é importante levar em consideração que o envelhecimento pode trazer desafios adicionais, como o declínio da saúde, luto pela perda de entes queridos, alterações nas capacidades físicas e o isolamento social. Nesses casos, criar estratégias de coping pode ser mais complexo e exigir mais suporte e recursos. É essencial que as pessoas idosas tenham acesso a cuidados de saúde adequados, apoio emocional e oportunidades de interação social, para que possam enfrentar o estresse de maneira saudável e adaptativa. Cada pessoa idosa pode ter suas próprias estratégias e maneiras utilizá-las, sendo importante considerar suas características individuais e necessidades específicas ao fornecer suporte.
Algumas pessoas idosas tendem a valorizar mais as relações interpessoais e o apoio social, buscando a participação em grupos comunitários ou programas recreativos. Isso pode fornecer um suporte emocional significativo e ajudar a lidar com o estresse de forma mais positiva. A maturidade emocional também pode desempenhar um papel importante na forma como os idosos enfrentam o estresse, permitindo-lhes manter a calma e encontrar soluções adequadas, e estratégias de coping para as situações desafiadoras.
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Antoniazzi, A. S.; Dell’Aglio, D. D. e Bandeira, D. R. (1998). A evolução do conceito de coping: Uma revisão teórica. Estudos em Psicologia, 3, 273-294.
Folkman, S., & Lazarus, R. S. (1980). An analysis of coping in a middle-aged community sample. Journal of Health and Social Behavior, 21, 219-239.