Testamento Vital: saiba como é o documento que registra desejos em caso de doença grave; quase 7 mil brasileiros já fizeram
Por Ana Carolina Ferreira, g1 Minas — Belo Horizonte | ver matéria original
Minas Gerais é o terceiro estado em registros deste tipo, perdendo apenas para São Paulo e Rio Grande do Sul.
O documento registra as vontades das pessoas em caso de doença grave, como a recusa de tratamentos.
Maria das Dores Maciel, de 63 anos, não quer ser submetida a tratamentos invasivos caso tenha uma doença grave e irreversível.
Para deixar este desejo claro para a família, pesquisou na internet sobre o testamento vital e decidiu registrar sua vontade em cartório.
“A ideia é manter uma qualidade de vida dentro de condições possíveis. Eu preciso deixar tudo isso claro enquanto eu ainda consigo pensar. Eu já tive pessoas próximas de família que viveram situações difíceis. No dia em que fui ao cartório e assinei, eu cheguei em casa e disse: ‘ufa’” , disse.
Ela é uma das 8.344 pessoas que fizeram este tipo testamento no Brasil.
Estes dados são desde 2012 e foram levantados pelo Colégio Notarial do Brasil, em Minas Gerais (CNB/MG). O estado é o terceiro em registros no país, com 44
Mas o que é um testamento vital?
O testamento vital é um documento feito por uma pessoa com discernimento que demonstra, em cartório, se deseja ou não ser submetida a tratamentos em caso de doença grave que a impossibilite manifestar livremente sua vontade.
O documento alerta amigos e parentes sobre os desejos da pessoa em questão, evitando que ela, muitas vezes, prolongue a vida através de tratamentos considerados invasivos.
Como fazer um testamento vital?
O testamento vital pode ser feito em qualquer cartório de notas do país.
Ele também pode ser feito on-line. Ao optar por fazer o testamento pela internet, será agendada uma videoconferência com um tabelião. Esta chamada fica gravada, caso algum herdeiro questione a vontade da pessoa que morreu.
Maria das Dôres Maciel com o testamento vital nas mãos.
Foto: Arquivo pessoal